A estimulação cerebral profunda (DBS) funciona através da neuromodulação, que consiste na aplicação de uma corrente elétrica para estimular áreas específicas do cérebro. Esse estímulo pode proporcionar melhorias em várias queixas neurológicas.
Há
mais de 20 anos, o DBS é utilizado no tratamento da doença de Parkinson, oferecendo uma
resposta excelente na redução dos sintomas. No entanto, para alcançar esses benefícios, é crucial uma indicação adequada, identificando os pacientes que realmente se beneficiarão do procedimento. Continue a leitura e saiba mais sobre os benefícios e indicações do DBS.
O DBS é um tratamento com melhora importante dos sintomas da doença de Parkinson. No entanto, nem todo paciente é candidato a cirurgia. Este tratamento é indicado para aqueles que apresentam complicações motoras específicas
associadas à doença.
Geralmente, são pacientes que inicialmente respondiam bem às medicações, mas passaram a enfrentar efeitos colaterais devido ao tratamento ou necessitam de doses cada vez mais altas para obter os mesmos benefícios.
A estimulação cerebral profunda (DBS) é realizada por meio da inserção de um eletrodo em áreas específicas do cérebro responsáveis pelos movimentos, através de uma neurocirurgia. Durante o procedimento, são implantados os eletrodos, o cabo conector e o gerador que envia a corrente elétrica para os eletrodos.
Após a cirurgia, um neurologista especializado em distúrbios do movimento programa o dispositivo, ajustando a corrente elétrica e outros parâmetros para melhorar os sintomas do paciente.
O aparelho de DBS proporciona um efeito contínuo e uniforme durante todo o período. Isto é, a corrente elétrica estimula 24 horas do dia o local do cérebro em que o aparelho foi implantado, gerando um efeito que não pode ser obtido através de medicações orais - já que temos influência tanto da absorção intestinal do remédio, como também do tempo de ação da medicação que não é de 24 horas -. Além disso, podemos enfatizar a estimulação em algum lado do corpo que o paciente tenha mais sintomas, algo muito comum nos pacientes com Parkinson.
Após a cirurgia, o paciente permanecerá internado alguns dias até que seja realizada uma nova tomografia de crânio, para termos certeza de que não houve nenhuma complicação cirúrgica, e também para vigilância clínica e neurológica nos dias após a cirurgia.
Após esse período, o paciente retornará para casa e continuará em acompanhamento com o neurocirurgião que realizou o procedimento e com seu neurologista. Cerca de 2 a 3 semanas após a cirurgia, o aparelho de DBS será ativado em uma consulta com o neurologista especializado na área. A partir desse momento, a programação do eletrodo será iniciada. Muitas vezes, serão necessários ajustes nas medicações que o paciente está utilizando para maximizar os benefícios do tratamento.
Quer aprender mais? Leia também: Entendendo a Estimulação Cerebral Profunda (DBS) e suas indicações
Existe alguma restrição após a estimulação cerebral profunda?
Existem alguns aparelhos que não permitem realizar exames de ressonância magnética. Também há restrição de passar em portas magnéticas em bancos ou em aeroportos.
Quais são os riscos do DBS?
Os principais riscos do procedimento cirúrgico são com relação a infecção e sangramento intracraniano. Já após a cirurgia, pode haver alguns efeitos colaterais da estimulação como repuxamento de alguma parte do corpo ou impulsividade.
A estimulação cerebral profunda cura o Parkinson?
Infelizmente o DBS não é uma terapia curativa. Porém, há melhora de até 70% dos sintomas a depender das queixas e de outros aspectos do paciente.
Quanto tempo dura a bateria da estimulação cerebral profunda?
Em geral a bateria dura de 3 a 5 anos. A duração vai variar a depender da estimulação utilizada ao longo das consultas.
Qual o tratamento mais moderno para Parkinson?
O DBS é uma das melhores ferramentas que dispomos para o Parkinson. Apesar de já ser utilizada há mais de 20 anos, as empresas estão sempre pesquisando e inovando para dispor de novas tecnologias que ajudem nesse tratamento.
Para que serve o DBS?
O DBS é utilizado para doença de Parkinson, tremor essencial, distonia, epilepsia e transtorno obsessivo compulsivo. Há estudos sobre o seu uso em doença de Alzheimer, depressão e síndrome de Tourette.
A estimulação cerebral profunda proporciona uma melhora de qualidade de vida a vários pacientes. Sua utilização na doença de Parkinson tem proporcionado melhora dos sintomas motores e não motores da doença e, muitas vezes, redução de algumas medicações.
Se você está à procura de um médico com experiência em DBS, sou a Dra. Ana Rosa, neurologista com foco em doença de Parkinson, Tratamentos Minimamente Invasivos e DBS. Com uma abordagem empática e baseada em evidências, me dedico a oferecer aos meus pacientes cuidados de alta qualidade, focados não apenas no tratamento dos sintomas, mas na busca pela melhoria contínua da qualidade de vida.
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