A doença de Parkinson ocorre devido à redução do neurotransmissor dopamina. Essa diminuição ocorre de maneira progressiva e afeta diferentes estruturas do cérebro, por isso, seus sintomas variam de acordo com cada estágio da doença. Entender a evolução progressiva de cada queixa é muito importante para planejar o tratamento e cuidado em cada estágio da doença. Continue lendo para saber mais sobre o tema.
A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo e ocasiona sintomas relacionados a dificuldades dos movimentos e também queixas como ansiedade, dificuldade no sono e constipação. Os sintomas não são iguais em cada paciente e podem variar de acordo com a idade, estágio da doença e outras comorbidades associadas, além da aderência ao tratamento.
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Nos estágios iniciais, o paciente apresenta sintomas que, em geral, não atrapalham suas atividades no dia a dia. Esses sintomas muitas vezes estão restritos a um lado do corpo, como tremor e realização mais lenta de algumas atividades, como escrever, amarrar o cadarço, levar o talher à boca. Muitas vezes o próprio paciente não percebe o sintoma, sendo relatado por amigos e familiares com quem convive.
Com o avançar da doença, frequentemente o outro lado do corpo passa a ser afetado e essas queixas passam a ter maior impacto na rotina. Como, por exemplo, dificuldade para caminhar e se vestir. Nessa etapa é fundamental ter auxílio de outros profissionais, como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, pois apenas as medicações não são suficientes para melhorar esses sintomas.
Em estágios mais avançados, além da perda do equilíbrio e da maior dificuldade na alimentação devido à lentidão e aos movimentos involuntários, há também complicações motoras como discinesias e menor resposta da rigidez aos remédios. Isso pode resultar em quedas frequentes nesse estágio da doença.
Nessa fase, os sintomas não motores também contribuem significativamente para a incapacidade do paciente. Problemas como insônia, alucinações visuais, dificuldades de memória e constipação intestinal são queixas que devem ser abordadas em cada consulta.
É importante lembrar que cada paciente pode passar pelas fases da doença de Parkinson de maneira diferente. Vários fatores determinam como o paciente se apresentará em cada fase, como, por exemplo: uso correto das medicações, realização de atividade física, frequência de acompanhamento multidisciplinar com fisioterapia e fonoaudiologia, além de bom controle de outras doenças que interferem na severidade das queixas do Parkinson, como diabetes, pressão alta e colesterol alto.
Em todos os estágios da doença é necessária a realização de exercício físico. O uso de medicações pode ser iniciado já nos estágios iniciais, porém não é obrigatório o seu início nas fases mais precoces. A reabilitação com fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia é essencial nas fases moderadas e avançadas da doença. Nessas fases, a dificuldade para engolir, tom de voz mais baixo, quedas e congelamento ao andar são algumas das queixas mais frequentes.
Também com a progressão da doença, pode ser necessário utilizar tratamentos além das medicações e terapias, como a
cirurgia com implante do eletrodo cerebral.
A intensidade dos sintomas e sua localização variam em cada paciente e podem levar até cerca de 20 anos desde a fase inicial até os estágios mais avançados da doença. Conhecer os principais sintomas de cada estágio é muito importante para que pacientes, familiares e cuidadores consigam direcionar os cuidados e se preparar para cada desafio. Isso possibilitará também organizar melhor o direcionamento e busca por profissionais capacitados que auxiliarão nessa jornada.
Quais as 5 fases do Parkinson?
Os estágios da doença de Parkinson variam com a progressão da doença e vão desde sintomas que geram uma incapacidade leve (estágios 1 a 3) até complicações que levam a uma incapacidade grave (estágios 4 e 5). Para essa classificação, os profissionais de saúde utilizam a escala de Hoehn e Yahr modificada que vai do estágio 0 ao 5. Confira a tabela abaixo:
Qual a pior fase da doença de Parkinson?
A fase mais desafiadora é a fase mais avançada. Há complicações motoras que dificultam a locomoção do paciente sem apoio e também piora da qualidade de vida ocasionada pelos sintomas não motores, como maior dificuldade na fala e para engolir.
Como a doença Parkinson evolui?
A evolução da doença de Parkinson varia de acordo com cada indivíduo e, principalmente, como é feito o tratamento medicamentoso em conjunto com a reabilitação. Os estágios incluem a piora dos sintomas de tremor, rigidez e lentidão dos movimentos e também queixas como ansiedade, dificuldade com o sono e alteração da fala.
Como saber se o Parkinson está avançado?
No geral, denominamos fase avançada da doença de Parkinson quando o paciente apresenta as complicações motoras (movimentos involuntários ou menor efeito com uso das medicações), também quando o paciente necessita de mais de 5 tomadas de prolopa por dia. Presença de alucinações visuais e alterações de memória também estão presentes na fase avançada do Parkinson.
Podem ocorrer sintomas não motores em todos os estágios de Parkinson?
Sim. Os sintomas não motores podem ocorrer inclusive antes dos sintomas motores, como é o caso da constipação intestinal e da hiposmia.
É possível viver bem com a doença de Parkinson nos estágios iniciais e intermediários?
Pacientes com doença de Parkinson podem ter uma qualidade de vida muito boa, desde que seja realizado o tratamento adequado e que o paciente realize hábitos e estratégias que ajudem no controle da doença. O tratamento inclui medicações e terapias multidisciplinares e incluir um estilo de vida saudável com alimentação equilibrada e exercícios é fundamental para uma melhor qualidade de vida.
Quais são as opções de cuidados para estágios avançados de Parkinson?
Além das medicações e terapias, no estágio avançado também há indicação, em alguns casos, das terapias invasivas como o eletrodo de estimulação cerebral profunda.
Os estágios da doença de Parkinson afetam a expectativa de vida?
A doença de Parkinson de maneira isolada não interfere na expectativa de vida do paciente. Porém, algumas complicações que estão presentes na fase avançada podem interferir, como, por exemplo, o maior risco de pneumonia por broncoaspiração decorrente de uma maior dificuldade de deglutição nas fases avançadas da doença.
Existem mudanças na percepção sensorial nos diferentes estágios de Parkinson?
O paciente com doença de Parkinson passa a ter maior comprometimento para locomoção e pode apresentar piora do equilíbrio com a evolução da doença, o que pode levar a quedas frequentes e instabilidade.
Conhecer os estágios da doença de Parkinson é importante para entender como os sintomas evoluem. Portanto, compreender essas fases é fundamental para melhorar o tratamento e, consequentemente, a qualidade de vida dos pacientes que convivem com essa doença.
Se você está à procura de ajuda médica, sou a Dra. Ana Rosa, neurologista com foco em doença de Parkinson, Tratamentos Minimamente Invasivos e DBS. Com uma abordagem empática e baseada em evidências, me dedico a oferecer aos meus pacientes cuidados de alta qualidade, focados não apenas no tratamento dos sintomas, mas na busca pela melhoria contínua da qualidade de vida.
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